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Prisão de Bolsonaro é mantida e STF fará análise final nesta segunda (24)

Ex-presidente disse ter tido alucinações e negou tentativa de fuga; caso segue ao STF

Após audiência de custódia realizada no início da tarde deste domingo (23/11), a juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino homologou o cumprimento do mandado de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que não houve qualquer abuso ou irregularidade por parte dos policiais responsáveis pela detenção. A decisão confirma a manutenção da prisão preventiva ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Na audiência, Bolsonaro admitiu que mexeu na tornozeleira eletrônica e alegou ter passado por um episódio de “certa paranoia” entre sexta-feira (21/11) e sábado (22/11), provocado, segundo ele, pela interação inadequada de medicamentos receitados por médicos diferentes. O ex-presidente negou tentativa de fuga e afirmou que não houve rompimento da cinta do equipamento.

Sobre a vigília convocada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o réu disse que o ato foi organizado a aproximadamente 700 metros de sua residência, negando que o movimento tivesse intenção de gerar tumulto ou facilitar eventual fuga.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência BrasilBolsonaro
Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal informou que o prazo para que a defesa de Bolsonaro se manifeste sobre a violação da tornozeleira termina neste domingo às 16h30. Nesta segunda-feira (24/11), a Primeira Turma do STF realizará uma sessão virtual extraordinária, convocada pelo ministro Flávio Dino, para analisar e referendar a decisão que manteve a prisão preventiva.

Bolsonaro foi preso preventivamente neste sábado (22/11) após determinação de Moraes, que apontou risco de fuga diante da tentativa de violação da tornozeleira e da vigília organizada por apoiadores nos arredores da casa onde ele cumpria prisão domiciliar. Na sexta-feira (21/11), véspera da prisão, o ex-presidente utilizou uma solda para tentar abrir o equipamento, o que acionou alerta da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap). A defesa havia pedido prisão domiciliar humanitária, mas o pedido foi negado.

Condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo da trama golpista, Bolsonaro aguarda os últimos recursos. A Primeira Turma rejeitou, na semana passada, os embargos de declaração apresentados por ele e outros seis réus. O prazo para entrega dos recursos finais termina neste domingo. Caso sejam rejeitados, as penas deverão ser executadas em regime fechado nas próximas semanas.