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Censura e perseguição: o colapso da Educação em Parnaíba

A educação pública em Parnaíba, Piauí, enfrenta uma crise que se reflete nos números do IDEB
Redação

Com escolas sem infraestrutura, merenda insuficiente e pressão política nas gestões, Parnaíba vê sua nota no IDEB despencar, enquanto pais enfrentam repressão por exigir melhorias.

Educação estagnada

A educação pública em Parnaíba, Piauí, enfrenta uma crise que se reflete nos números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Com uma nota de 4,8, o município está atrás de cidades vizinhas menores, como Buriti dos Lopes, que tem 4,9, e Cajueiro da Praia, com 5,4. Esses resultados indicam uma estagnação preocupante e revelam a falta de um planejamento eficaz para melhorar a qualidade da educação local. A responsabilidade por essa situação parece recair sobre a administração municipal, liderada por Mão Santa, cujo papel na gestão é cada vez mais questionado, com sua filha, Gracinha Mão Santa, sendo apontada como a verdadeira figura de comando na prefeitura.

Um dos problemas mais visíveis nas escolas de Parnaíba é a precariedade da merenda escolar. As denúncias sobre a falta de alimentos são recorrentes, e, quando a merenda é fornecida, os alunos recebem suco em pó e biscoitos de qualidade questionável, longe do que seria adequado para uma alimentação nutritiva. Esse tipo de alimentação, além de insuficiente, desrespeita o direito das crianças a uma refeição equilibrada, fundamental para seu desenvolvimento e aprendizado. Enquanto isso, outras cidades da região conseguem garantir uma alimentação escolar mais adequada e regular para seus alunos.

Pais são impedidos de reclamar

O que mais chama atenção, no entanto, não são apenas os problemas estruturais e de gestão, mas o ambiente de censura que parece dominar a relação entre a administração escolar e os pais. Embora existam diversos boatos e rumores sobre a qualidade do ensino e as condições das escolas, há um silêncio inquietante por parte dos pais de alunos. Esse silêncio não é voluntário, mas sim imposto por uma vigilância rigorosa que impede qualquer crítica pública ao sistema educacional. Muitos pais têm medo de represálias, e o ambiente de intimidação tem se intensificado nos últimos meses.

Foto: ReproduçãoColagem
Colagem

Um caso que ilustra bem essa situação ocorreu no bairro Joaz Sousa, onde uma diretora de escola chamou a polícia para expulsar uma mãe que exigia o material didático de seus filhos. A atitude autoritária foi registrada em vídeo por outros pais que estavam no local, mas, mesmo com a exposição pública, a diretora não enfrentou consequências. Em vez disso, aumentou a perseguição àquela mãe, removendo-a do grupo de pais da escola no aplicativo de mensagens, para que não pudesse mais cobrar respostas sobre o material ou as condições de ensino.

Interferência política nas escolas

A situação de censura e retaliação vai além dos episódios isolados. Há relatos de que a direção de algumas escolas utiliza os grupos de pais, que deveriam ser espaços para discussões educativas, para fins políticos. Em diversos momentos, foram feitos pedidos de apoio ao candidato Francisco Emanuel, apoiado por Gracinha Mão Santa. Essa mistura de interesses políticos com a educação agrava ainda mais a situação, desviando o foco das necessidades das crianças e transformando as escolas em palanques eleitorais.

Essa interferência política dentro das escolas compromete não só o ambiente escolar, mas também a qualidade do ensino. A gestão de Mão Santa, sob influência direta de Gracinha, demonstra um descompromisso evidente com o futuro educacional de Parnaíba. A falta de investimentos em formação de professores, materiais didáticos adequados e infraestrutura escolar reflete uma administração mais interessada em manter o controle político do que em garantir uma educação de qualidade.

Diretora ou ditadora?

A diretora Carla, da Escola Benedito Jonas Correia, no bairro Joaz Sousa, tem sido o centro de graves denúncias de abuso de poder no ambiente escolar de Parnaíba. Em diversas ocasiões, ela chamou a polícia para expulsar pais que reivindicavam seus direitos, gerando revolta entre a comunidade escolar. Carla, que apoia abertamente a vereadora Neta, utiliza sua posição de influência para intimidar aqueles que discordam de suas práticas. Sua proximidade com a vereadora é tão evidente que o santinho de campanha de Neta figura como imagem de perfil da diretora nas redes sociais. Além disso, a diretora chegou a compartilhar vídeos atacando o candidato de oposição, Dr. Hélio, em grupos de WhatsApp de pais de alunos, evidenciando sua postura politizada dentro da gestão educacional.

Carla tem agido de forma autoritária, utilizando sua posição para coagir pais e até funcionários que a contestam, criando um ambiente de medo e repressão. A presença constante da polícia em momentos de conflito, a pedido da diretora, tem gerado um clima de hostilidade dentro da escola, transformando o espaço que deveria ser de diálogo e educação em um palco de perseguição. Relatos de ameaças veladas e chantagens se multiplicam, tornando evidente que a gestão escolar em Parnaíba está sendo profundamente afetada por interesses políticos, em detrimento do bem-estar da comunidade escolar.

Perseguição para manter pais calados

A perseguição política e o assédio sobre os pais, que deveriam ser parceiros da escola na educação de seus filhos, minam a confiança da comunidade no sistema educacional. A falta de espaço para diálogo e crítica faz com que a população se sinta amedrontada e incapaz de reivindicar melhorias para as crianças, que continuam a sofrer as consequências da má gestão. A ausência de voz para os pais é um reflexo direto do controle que a prefeitura exerce sobre as instituições educacionais.

O resultado desse cenário de interferência política e má gestão se reflete diretamente nos números do IDEB. Parnaíba não só está atrás de cidades vizinhas menores, mas também vê seu sistema educacional estagnado e sem perspectiva de melhora. Sem uma reestruturação urgente na gestão da educação, que coloque as necessidades dos alunos em primeiro lugar, a cidade continuará a ver sua posição nos índices de qualidade educacional decair.

 A educação vai avançar?

A interferência de Gracinha Mão Santa e seu grupo político na educação de Parnaíba não apenas compromete o presente, mas também coloca em risco o futuro das crianças e adolescentes que dependem do sistema público de ensino. Com escolas despreparadas, merenda insuficiente e uma gestão mais interessada em manter o controle político do que em educar, os alunos de Parnaíba estão sendo privados de seu direito básico à educação.

Diante desse quadro alarmante, não é surpresa que Parnaíba tenha índices tão baixos no IDEB. A interferência política, a censura aos pais e o descompromisso com o ensino são reflexos de uma administração que negligencia o futuro das novas gerações. Se medidas não forem tomadas rapidamente para reverter esse cenário, a educação em Parnaíba continuará a sofrer com o abandono e a politização, afetando diretamente o desenvolvimento da cidade.

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