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Os desafios que Severo Eulálio deve enfrentar à frente da Alepi

O novo presidente enfrentará uma série de desafios administrativos, financeiros e políticos

O novo presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), para o biênio 2025-2026, o deputado Severo Eulálio (MDB), enfrentará uma série de desafios administrativos e políticos, o que lhe exigirá habilidade para navegar pelas questões pendentes da atual gestão e projetar avanços institucionais durante sua gestão.

Foto: Maria Clara César / Conecta PiauíDeputado Estadual Severo Eulálio
Deputado Estadual Severo Eulálio

Além de honrar compromissos como o da reforma física da Casa, o novo presidente precisará enfrentar problemas estruturais e financeiros como atrasos nos pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços, que já causam preocupação para além do meio político.

Reforma

A promessa de concluir a reforma dos gabinetes dos parlamentares até o início do segundo semestre de 2025 é um dos compromissos mais visíveis assumidos por Eulálio. Essa modernização, necessária para melhorar as condições de trabalho dos deputados, encontra-se parcialmente paralisada devido a entraves financeiros e operacionais.

O cumprimento do prazo será um teste inicial para a gestão, que precisará equilibrar a execução das obras com os recursos disponíveis, enquanto enfrenta cobranças internas e externas.

O peso dos atrasos financeiros

Outro desafio imediato será lidar com os atrasos nos pagamentos de fornecedores e prestadores de serviços. A regularização desses débitos é essencial para manter a confiança das empresas que atuam junto à Assembleia, além de ser um termômetro da capacidade administrativa do novo presidente.

Não apenas a reputação da Alepi está em jogo, mas também o bom funcionamento das atividades legislativas, que dependem diretamente de boa parte desses serviços.

Para superar esses atrasos, será necessário um esforço coordenado entre os setores financeiro e administrativo, incluindo o diálogo com o governo estadual para assegurar repasses e parcerias que possam aliviar o caixa da Assembleia, à exemplo do que aconteceu recentemente, quando do pagamento da folha salarial de servidores da Casa.

Foto: ReproduçãoTransição na Alepi
Transição na Alepi

Harmonia e governabilidade

Na esfera política, Severo Eulálio também terá a missão de manter o equilíbrio entre os partidos da base aliada e a oposição. A construção de um ambiente de diálogo e consenso é fundamental para a aprovação de projetos relevantes para o estado.

A liderança do MDB, aliada ao PT, será posta à prova em momentos de tensão ou divergências sobre pautas estratégicas, sobretudo neste momento em que a oposição ao governo saiu fortalecida das últimas eleições municipais.

Modernização e transparência

A modernização da gestão e o aumento da transparência serão temas inevitáveis. Em um cenário político que exige cada vez mais clareza e prestação de contas, a implementação de ferramentas digitais para acompanhamento de gastos e decisões administrativas deve ganhar espaço. Eulálio terá a oportunidade de transformar a Alepi em referência de gestão pública eficiente, diferente do modelo adotado pelo atual presidente, deputado Franzé Silva, mas, para isso, precisará enfrentar resistências internas, dos próprios aliados, e vencer a burocracia.

Resultado

Ao lidar com os desafios de obras inacabadas, problemas financeiros e demandas por modernização, o novo presidente terá que combinar diálogo, planejamento estratégico e agilidade na tomada de decisões.

O desempenho de Eulálio terá impacto não apenas no âmbito legislativo propriamente dito, mas também na percepção pública sobre a responsabilidade e o compromisso das instituições com o futuro do Piauí, como tem que ser e, principalmente, nos planos dos atuais deputados que pretendem buscar reeleição em 2026.

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