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Teresina registra três casos de febre Oropouche, segundo a FMS

. Os pacientes foram atendidos na Unidade de Pronto Atendimento do Renascença

A Fundação Municipal de Saúde (FMS), confirmou laboratorialmente três casos de Febre do Oropouche em Teresina. Os pacientes foram atendidos na Unidade de Pronto Atendimento do Renascença, em março deste ano, sendo que dois deles eram residentes da zona Sudeste da capital.

Os pacientes apresentavam suspeita inicial de dengue, receberam medicações, tiveram amostras de sangue colhidas e foram liberados para tratamento domiciliar. Entretanto, os testes para dengue resultaram negativos.

Foto: ReproduçãoFundação Municipal de Saúde (FMS)
Fundação Municipal de Saúde (FMS)

Os casos foram confirmados por exames de biologia molecular (RT-PCR) realizados no Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí Dr. Costa Alvarenga (LACEN-PI).

“Os pacientes não estiveram em outra cidade ou estado recentemente – o que leva a crer em transmissão autóctone, embora ainda não se possa determinar o local exato onde foram infectados”, comenta Walfrido Salmito, diretor de Vigilância em Saúde da FMS. 

Walfrido Salmito explica que a detecção destes casos é considerada um evento atípico, visto que a doença não é considerada endêmica no Piauí. 

TRANSMISSÃO

A transmissão da febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece se multiplicando no mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela. Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença, silvestre e urbano. No primeiro, animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus.

O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo. Quanto ao ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus e o maruim também é considerado como principal vetor. Entretanto, mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus (um tipo de “muriçoca”) é comumente encontrado em ambientes urbanos e pode, ocasionalmente, transmitir o vírus Oropouche aos humanos.

COMO PREVINIR

Evitar a proliferação de criadouros de mosquitos e o contato com eles são a principal forma de prevenção da febre do Oropouche. Em especial durante a visitação de regiões de mata, é fundamental que sejam utilizadas roupas de mangas compridas e repelentes sobre as áreas expostas de pele.

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