O Ministério de Minas e Energia deve anunciar nesta quarta-feira (16) se o horário de verão será retomado em 2024. A decisão será baseada em estudos realizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que está analisando as condições de fornecimento de energia e possíveis alterações no cenário hidrológico. A medida, que sempre dividiu opiniões, era tradicionalmente adotada como uma forma de economizar energia no país.

Um estudo do ONS aponta que o retorno do horário de verão em 2024 pode gerar uma economia de R$ 400 milhões. A partir de 2026, essa economia pode aumentar para R$ 1,8 bilhão por ano, devido ao maior aproveitamento de energias renováveis e à redução da demanda máxima em até 2,9%.

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O horário de verão consiste em adiantar o relógio em uma hora durante um período específico do ano, aproveitando melhor a luz natural. Instituído de forma contínua a partir de 1985, seu principal objetivo era reduzir o consumo de energia elétrica. No entanto, com a mudança nos hábitos de consumo, a medida perdeu parte de sua eficácia e foi suspensa em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro.

Foto: Marcello Casal Jr Agência Brasil

Horário de verão

A discussão em 2024, no entanto, não se concentra mais na economia direta de energia, mas sim na otimização do uso de fontes renováveis, como a energia solar e eólica. O ajuste dos relógios pode ajudar a alinhar o consumo com os picos de geração dessas energias, diminuindo a necessidade de ativar usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes, e tornando o uso de energia mais eficiente e sustentável.