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Saída de Ramagem aos EUA intensifica crise institucional

Condenação e viagem sem aviso elevam alerta sobre risco de fuga de outros investigados
Redação

A saída do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) para os Estados Unidos, após ter sido condenado a 16 anos de prisão por participação no plano golpista, gerou crise entre instituições e acendeu alerta sobre o risco de fuga de outros investigados sem monitoramento.

A Polícia Federal levantou dúvidas sobre a presença do parlamentar na Câmara dos Deputados, já que ele chegou a registrar voto em projetos recentes, como o PL Antifacção. Ramagem apresentou atestados médicos que justificam sua ausência, mas não configuram licença oficial, o que lhe permite continuar votando. A Câmara informou que não recebeu comunicação sobre sua viagem nem sobre missão oficial fora do Brasil.

O episódio acendeu alerta dentro da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, do Governo do DF e da própria Polícia Federal. A preocupação se estende a outros condenados na trama golpista que não estão sob monitoramento. Atualmente, apenas o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, fiscalizada pela polícia penal.

Apesar da elevação do nível de atenção, autoridades reconhecem que não há medidas de controle impostas aos demais condenados residentes em Brasília, o que limita a capacidade de prevenir novas fugas.

Na noite de quinta-feira (20), o PSOL protocolou no Supremo Tribunal Federal pedido de prisão preventiva para quatro ex-integrantes do governo Bolsonaro: Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Almir Garnier (Marinha). O partido argumenta risco iminente de fuga após a saída de Ramagem. Até o momento, não há decisão sobre o pedido.