Wellington Dias anuncia apoio técnico e financeiro da Aliança Global contra Fome
Ministro fez o anúncio em Doha, destacando que o mecanismo da Aliança já está em operaçãoO ministro piauiense Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social e que também atua como presidente da Aliança Global contra a Fome e Pobreza anunciou na manhã desta segunda (3), em Doha, no Catar, que o mecanismo da Aliança já está estruturado e apto a auxiliar todos os seus membros com qualificação técnica, transferência de conhecimento e ajuda financeira. Dias destacou que, após um ano de sua criação, a Aliança alcançou mais de 200 membros e já possui escritórios em várias regiões do mundo e uma sede estabelecida em Roma.
Ao lado da secretária de estado para o Desenvolvimento Internacional da Espanha, Eva Granados, que é copresidente da Aliança junto com Wellington ele anunciou a criação de pacotes de financiamento de bancos de desenvolvimento, a implantação de acordos de cooperação técnica nas áreas de proteção social, agricultura, nutrição e acesso à água, além de ações integradas que combinam transferência de renda, alimentação escolar, apoio a pequenos agricultores, proteção infantil, programas de superação da pobreza e resiliência climática.
“Há exatamente um ano, no Rio de Janeiro, nasceu a Aliança Global. Éramos 148 membros fundadores unidos por uma convicção: a fome e a pobreza não são inevitáveis. Hoje, somos mais de 200 membros - 105 países e 96 organizações internacionais, instituições financeiras, agências da ONU e organizações da sociedade civil. Em doze meses, transformamos uma promessa em um mecanismo vivo de solidariedade, coordenação e ação”, declarou.
“A partir de hoje, qualquer país-membro poderá solicitar ajuda dos demais membros, com apoio do nosso Mecanismo da Aliança, em um processo de construção de parcerias totalmente baseado na demanda. A Aliança está aberta, pronta e em operação”, enfatizou o ministro em seu anúncio.
Copresidente da Aliança, a espanhola Eva Granados declarou que a Aliança Global é um instrumento para dotar mais países da capacidade de agir decisivamente contra a fome e a pobreza. “Juntos, colocamos os países no centro, apoiamos seus planos baseados em evidências, coordenamos parcerias, mobilizamos financiamento integrado e facilitamos a cooperação”, destacou.
Impacto das mudanças climáticas na fome
Segundo Wellington Dias, o Conselho de Campeões da Aliança preparou uma Declaração sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada no Ser Humano, que será adotada pelos Chefes de Estado na próxima sexta feira, na COP30, em Belém.
“A declaração deixará claro que os piores impactos das mudanças climáticas recaem sobre os mais pobres e vulneráveis, e que uma transição climática justa deve proteger seus direitos, fortalecer sua resiliência e garantir dignidade humana”, informou.
Brasil fora do Mapa da Fome da ONU
Durante a Cúpula da Aliança Global, o ministro destacou ainda que o Brasil é prova viva do combate a fome. Ele relembrou que o país retirou 24,4 milhões de pessoas da fome e 7,6 milhões da pobreza, graças a políticas baseadas em evidências e à disposição do Presidente Lula de incluir os pobres no orçamento. Em julho de 2024, o país saiu oficialmente do Mapa da Fome da ONU pela segunda vez — antes da meta que havia estabelecido para 2026.