Albertão poderá ter gramado sintético após reforma; material gera debate no Brasil
Cinco estádios da Série A do Campeonato Brasileiro utilizam a grama sintética e divide opiniõesAs obras de revitalização do estádio Albertão já estão em andamento e atingiram 12% de execução, conforme informa a Secretaria de Esportes do Piauí (Secepi). Os trabalhos tiveram início nos banheiros e nas áreas de acesso do estádio. O projeto de modernização da principal arena esportiva do estado estima um investimento de R$ 15 milhões, financiado pelo Governo do Piauí em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Um dos pontos que deve passar por melhorias é o gramado do estádio que, desde a sua inauguração, nunca foi trocado e passou apenas por manutenções pontuais durante alguns momentos mais críticos. Uma fonte informou com exclusividade ao Conecta Piauí que a expectativa é que o futuro gramado seja de material sintético. Atualmente, o campo de jogo da praça esportiva é de grama natural.
Levando em consideração os estádios utilizados/disponíveis na Série A do Campeonato Brasileiro de 2025, cerca de cinco deles utilizam grama sintética. São eles: Allianz Parque (Palmeiras), Ligga Arena / Arena da Baixada (Athletico-PR), Nilton Santos (Botafogo), Arena MRV (Atlético-MG) e a Mercado Livre Arena Pacaembu.
Gramado sintético gera debates
Entre os principais pontos positivos estão a durabilidade e a resistência ao uso intenso, permitindo que o campo suporte treinos e jogos frequentes sem sofrer desgaste rápido, algo comum no gramado natural. Além disso, a manutenção é mais simples e econômica, já que dispensa irrigação constante, poda e tratamentos periódicos contra pragas. O gramado sintético também garante maior regularidade na superfície do jogo, oferecendo um campo sempre nivelado, independente das condições climáticas, como chuvas fortes ou períodos de seca.
Por outro lado, existem desvantagens importantes que precisam ser consideradas. O gramado sintético tende a esquentar muito mais do que o natural, tornando o ambiente de jogo desconfortável e até perigoso em dias de forte calor, podendo causar queimaduras leves e maior desgaste físico nos atletas. Outro ponto crítico é o impacto sobre o corpo: estudos apontam que a superfície mais rígida pode aumentar o risco de lesões, especialmente nas articulações e nos ligamentos. Além disso, muitos jogadores relatam que a bola se comporta de maneira diferente nesse tipo de campo, com mais 'quiques' e maior velocidade, o que pode alterar a dinâmica da partida.