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Novembro Vermelho: Cristiana Rocha aborda cuidados e combate ao estigma sobre HIV

Na oportunidade, a especialista abordou a pauta da prevenção e a necessidade se identificar os casos

A responsável técnica e administrativa do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Estadual, Cristiana Rocha, concedeu entrevista ao Conecta Podcast e pontuou questões sobre o Novembro Vermelho, mês de alusão na luta contra HIV/AIDS. Na oportunidade, a especialista abordou a pauta do estigma no enfrentamento à doença e outros pontos importantes.

Foto: Maria Clara César / Conecta Piauí
Cristiana Rocha

“O estigma talvez seja uma das piores coisas em relação ao HIV. Porque se a gente for pensar, é um agravo que tem hoje em dia. Ele não tem cura, mas ele cronifica. Se tratado corretamente, você fica usando aquela medicação, que hoje não é nem tão complexa, e você fica indetectável e intransmissível. Você vê pessoas com dificuldade de chegarem no teste porque têm medo do diagnóstico, medo do estigma. E aí é que se escondem os casos silenciosos que a gente chama”, destacou Cristiana Rocha.

Atualmente, conforme os dados do CTA, Cristiana Rocha explica que o perfil das pessoas que elencam os números com relação ao HIV são homens jovens, de até 39 anos, sendo eles também heterossexuais. Além desses dados, a profissional afirma que o combate e enfrentamento é dirigido à transmissão da doença de forma transversal.

“Se você for ver, pessoas em idade fértil. É um adulto jovem, com a vida sexual ativa e que tá no período de idade fértil e que aí entra num risco muito maior, que é a pessoa não só se infectar, como de repente, uma jovem engravida, não faz o pré-natal adequadamente, pode transmitir o vírus para o bebê, que é a pior coisa em relação ao HIV. É a transmissão vertical e o óbito”, relatou.

“São as coisas que a gente quer enfrentar, evitar e dizer que nós podemos e devemos, sim, enfrentar essa epidemia com um novo olhar, com um novo olhar sobre a sexualidade, facilitando o acesso desse jovem aos serviços de saúde, facilitando o acesso dos mais vulneráveis”, completou.

Ainda durante a entrevista, a profissional destacou a necessidade de casos certos ou suspeitos procurarem atendimento médico, superando o medo do estigma conseguindo se proteger ou evitar a contaminação ou transmissão do HIV.

“Vai tirar dúvidas. E se positivo, se der alguma coisa, sem problema, você vai ser acolhido, você vai ser encaminhado imediatamente para a Rede SUS para começar o seu tratamento, para viver uma vida plenamente normal, sem riscos, sem riscos, sem pôr ninguém em risco, exatamente. E se não der nada, se não der nada, você vai pensar mais na sua prevenção. E também combater o estigma, porque enfrentar o HIV é responsabilidade de todos nós”, salientou.

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