12 candidatos no Piauí zeraram na urna; mesmo assim quatro ficaram na suplência
Número representa menos de 0,2% do total de candidaturas no estadoEntrar em uma disputa eleitoral e não conquistar, sequer, o próprio voto. Essa foi a realidade de pelo menos 12 candidatos a vereador no Piauí, nas eleições ocorridas no último domingo, dia 6 de outubro. Todos esses postulantes a vagas nos legislativos de suas cidades terminaram o pleito sem nenhum voto. Esse número, porém, representa menos de 0,2% do total de candidaturas registradas no Estado, esse ano.

Os dados fazem parte de um levantamento feto pelo Conecta Piauí, com base nos resultados das eleições divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em seu site na internet, e mostram, também, que mesmo não tendo computado um único voto, quatro deles garantiram a suplência. Os suplentes podem assumir o cargo que pleiteavam na ausência do titular – por exemplo, no caso de morte ou licença para assumir outro posto.
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Confira a lista:

Dos 12 candidatos sem votos, cinco não registraram movimentação financeira de campanha ou sequer apresentaram prestação de contas, o que indica que eles podem ter desistido no caminho. Já o restante movimentou quase R$ 54,9 mil, entre receitas e despesas. Maioria desses valores foi gasto com gráfica, mesmo os candidatos não obtendo nenhum voto. Já as receitas, tiveram como maior pagados os diretórios dos partidos.
Destaque para o candidato Donizete (PT), que disputou uma cadeira na Câmara de Paes Landim. Só de receita foram R$ 13,8 mil de doações e da direção do partido. O petista gastou, apenas, um quarto desse valor, ou seja, R$ 3,4 mil. E mesmo sem voto, ele conseguiu ficar na suplência. Já a menor movimentação ficou com o, também, petista Sérgio, em Miguel Leão. Ele recebeu R$ 2.262,00, de doações, e gastou R$ 850,00.
Além dos 12 candidatos piauienses, outros 1,8 mil candidatos ao cargo de vereador nas eleições municipais deste ano, em todo o país, também não tiveram sequer um voto. Ou seja, nem mesmo os próprios postulantes votaram em si mesmos. Desse total, exatos 388 ficaram na suplência, da mesma foram que os candidatos do Piauí. O líder nacional foi a Bahia, com 292 candidatos sem qualquer registro de voto.
Já em relação ao gênero, o levantamento identificou 963 candidatos que não computaram qualquer voto e 876 candidatas. Apesar de curioso, o fato de um candidato não votar nem mesmo em si não representa ilegalidade. Ainda assim, em pleitos anteriores, a falta de votos aliada a um grande volume de receitas serviu de indício do uso de candidaturas laranjas.