Delegado pede prisão preventiva de agiotas presos em operação; grupo era violento
Vítimas de estrangeiros procuraram a SSP para denunciar a ação violenta do grupo envolvido em crimesO superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança, Matheus Zanatta, vai representar pela prisão dos estrangeiros presos durante a Operação Macondo, realizada na manhã da última terça-feira (11/11). As diligências tiveram como objetivo cumprir medidas judiciais contra indivíduos investigados por integrarem um esquema organizado de concessão irregular de crédito (agiotagem), associado a lavagem de dinheiro e outros crimes.
"A novidade é que nós iremos representar pela prisão preventiva, para que a prisão temporária seja convertida em prisão preventiva por prazo indeterminado. Com certeza, haverá desdobramentos dessa operação. Já estamos analisando documentos e celulares, e vamos realizar novas fases da investigação", declara o delegado durante entrevista ao Conecta Piauí.
Segundo Zanatta, familiares e vítimas dos agiotas buscaram a sede da Secretaria de Segurança Pública para denunciar o grupo criminoso. "Hoje, nós vamos começar a ouvir essas vítimas, inclusive algumas pessoas informando que seus familiares cometeram suicídio em virtude da pressão que estavam recebendo desses investigados", informa.
Durante o dia de ontem, alguns dos alvos que foram levados à Secretaria de Segurança Pública se manifestaram. Alguns dos investigados se reservaram o direito de permanecer calados; outros contribuíram para o esclarecimento da investigação e para a compreensão de como funcionava a dinâmica dos empréstimos, das cobranças, quem estava acima deles e quem era subordinado.
A Polícia Civil do Piauí concluiu que a morte de um empresário do setor de motopeças, ocorrida no Parque Piauí, em Teresina, está diretamente relacionada à pressão exercida por um grupo criminoso envolvido com agiotagem. De acordo com o delegado Leonardo Alexandre, o empresário era alvo de cobranças e ameaças constantes feitas por integrantes da organização, o que teria provocado forte abalo psicológico e levado ao suicídio. O inquérito aponta que a vítima devia mais de R$ 40 mil aos agiotas estrangeiros, e mensagens encontradas em seu celular confirmam o teor intimidatório das cobranças.
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