Justiça concede liberdade à DJ Latina Gold, presa na Operação Jogo Sujo III
O magistrado impôs medidas cautelares à influencer, entre elas o uso de tornozeleira eletrônicaA Justiça do Piauí determinou a soltura de Maria Vitória Silva de Sousa Lima, conhecida como DJ Latina Gold, presa na semana passada durante a terceira fase da Operação Jogo Sujo, que investiga a divulgação de jogos de azar nas redes sociais. A decisão foi proferida na noite desta segunda-feira (29/09) pelo juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina.

Embora tenha autorizado a liberdade provisória, o magistrado impôs medidas cautelares à influencer, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de se manifestar publicamente sobre a Polícia Civil do Piauí.
Enquanto isso, os outros três investigados da operação, sendo Domingos da Silva Ferreira, o DJ Loboox e companheiro de Maria Vitória, além de Nayanna Fonseca e Nathalya Therccia Carlos Ribeiro, tiveram a prisão prorrogada por mais cinco dias.

Influencers na mira da polícia
A operação, conduzida pelo Departamento de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), tem como foco figuras conhecidas das redes sociais, responsáveis por divulgar plataformas ilegais como o chamado “Jogo do Tigrinho”.
De acordo com as investigações, Maria Vitória movimentou cerca de R$ 14 milhões com a atividade. A DJ, que soma mais de 153 mil seguidores no Instagram, também é proprietária da loja de roupas femininas Lala Closet. Seu marido, DJ Loboox, possui quase 20 mil seguidores.

Outras investigadas também possuem grande alcance digital: Nayanna Fonseca, empresária do ramo da moda, tem 68 mil seguidores em sua conta pessoal e mais de 327 mil na página de sua loja; já Therccia Ribeiro, dona de um salão de beleza na zona Sul de Teresina, reúne 45 mil seguidores.
Bloqueios judiciais
Ainda como parte das medidas, a Justiça determinou o bloqueio das redes sociais utilizadas pelos investigados para divulgar os jogos ilegais. Além disso, foi decretado o bloqueio de R$ 30 milhões em contas bancárias dos quatro alvos principais da operação.
Segundo o DRCC, os investigados usavam o alcance digital para atrair seguidores e induzi-los a apostar, vendendo a ideia de ganhos financeiros fáceis, mas que resultavam em prejuízos para as vítimas.
