Motorista por app é preso após espancar mulher por seis horas em motel de Teresina
O autor das agressões ainda procurou a família da comerciária para pagar a conta do estabelecimentoUm motorista por aplicativo, identificado pelas iniciais Felipe do Vale Prado, de 30 anos, foi preso nesta sexta-feira (17/05), após espancar mulher por seis horas dentro do quarto de um motel, no bairro Macaúba, na zona Sul de Teresina. Conforme a polícia, as agressões aconteceram no último sábado (11/05), onde houve uma sessão de tortura contra a então namorada, de 46 anos.

Segundo informações da delegada Nathalia Figueiredo, da Polícia Civil, a vítima saiu do local desfigurada após receber socos e cotoveladas na região do rosto. Ainda de acordo com os levantamentos, a mulher sofreu traumatismo craniano e fratura no maxilar e o autor das agressões ainda procurou a família da comerciária para pagar a conta do estabelecimento.
“Eles já haviam tido uma discussão anterior em um aniversário. Ele era de ficar quando violento quando consumia bebidas alcoólicas, então ela voltou para casa com receio de acontecer alguma coisa com o filho. Quando ela chegou, ele já estava esperando na porta do condomínio, momento em que antes de entrar no veículo, ele já a golpeia com um soco. Depois toma a direção do carro com a vítima”, descreveu.

Logo após as agressões, o agressor e um familiar que foi até o motel levaram a vítima para receber atendimento médico no Hospital de Terapia Intensiva (HTI). No estabelecimento, as autoridades recolheram vestígios das agressões e testemunhas afirmam terem visto muito sangue na cama onde o casal se encontrava.
“O que nos chama atenção, até fazemos alerta, é que em qualquer estabelecimento comercial, independentemente da sua finalidade, ao menor sinal da vítima sendo violentada, deve acionar a Polícia Militar. No caso, a vítima ficou cerca de seis horas nesse motel, sofrendo as agressões, gritava, chamando atenção até mesmo de funcionários e clientes e nenhum realizou o acionamento da polícia”, alertou a delegada.
Já no hospital, familiares acionaram a Polícia Militar e o autor do crime ainda estava acompanhando a vítima. Não houve voz de prisão no primeiro momento, mesmo observando a condição de suspeita do crime, pela motivação da vítima não conseguir relatar o episódio de violência pois estava desfigurada.
“Quando um parente chegou viu a situação dela, viu que ela tinha sido agredida e afirmou que ela já havia sido agredida antes lá no posto. O hospital acionou a polícia militar e os familiares também. Quando a polícia chegou lá, o autor ainda estava no hospital e não realizaram a condução, mesmo diante da suspeita de violência, onde a vítima estava desfigurada”, concluiu.
Conforme as investigações, o suspeito possui passagens pela polícia pelo crime de violência doméstica praticado contra outra mulher, na qual ameaças teriam ocorrido no ano passado. As autoridades também contataram boletins de ocorrência contra o agressor por estelionato e roubo.