Operação da PF apura suspeitas de rachadinha e peculato na Educação de Teresina
Ação busca documentos de terceirizações durante a gestão do ex-prefeito Dr PessoaA operação realizada pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí na manhã desta quarta-feira (26/11) tem como foco a investigação de possíveis crimes de rachadinha e peculato na administração pública, envolvendo contratos e serviços ligados à Secretaria Municipal de Educação de Teresina (Semec). A ação busca documentos referentes a empresas terceirizadas e pagamentos realizados desde 2019.
O secretário de Educação, Ismael Silva, confirmou que a investigação tem origem em um inquérito instaurado em 2023, após denúncia formalizada no mesmo ano. Segundo ele, a pasta está fornecendo todas as informações requisitadas pelas autoridades.
“Não podemos precisar o alvo específico dessa ação porque ela tramita em segredo de justiça. O que sabemos é que ela se refere a um inquérito policial de 2023, instaurado após uma denúncia relacionada a possíveis práticas de rachadinha e peculato na administração pública. Estamos aqui para colaborar com todas as informações que a polícia precisar”, disse.
O secretário relatou ainda como foi o início da operação no prédio administrativo da Semec. Segundo ele, quando os agentes chegaram, apenas a equipe de segurança estava presente, mas logo servidores, funcionários e gerentes se apresentaram para acompanhar o procedimento.
“A priori, quando eles chegaram cedo, encontraram apenas a equipe de segurança. Logo depois, toda a equipe de funcionários, servidores e gerentes chegou ao setor administrativo. As informações solicitadas pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí foram a relação de funcionários de empresas terceirizadas a partir de 2019, comprovantes de pagamento e notas de liquidação e pagamento, para que possam realizar as investigações necessárias”, completou.
Ismael reforçou que os contratos de terceirização são o principal alvo da análise técnica. Dois setores específicos da sede administrativa foram vistoriados pelos agentes.
“O que se sabe é que o inquérito de 2023 apura a possível prática de rachadinha, com possibilidade de configuração do crime de peculato. De fato, estão sendo investigados os contratos de terceirização. Assim, dois setores específicos da secretaria, na sede administrativa, foram visitados pelas autoridades do TCE e da Polícia Federal. A denúncia é de 2023, e o pedido de documentações por parte da Polícia Federal recai sobre registros a partir de 2019”, concluiu.