Pré-candidata em Buriti dos Lopes pode ter ajudado a forçar aborto em mulher
Everlando Alves dos Santos é suspeito de provocar um aborto, sem consentimentoA 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba adiou, para o dia 29 de agosto deste ano, a sessão do tribunal popular do júri que julgará o empresário Everlando Alves dos Santos, mais conhecido como Vevé. Ele é suspeito de provocar um aborto, sem consentimento, em Lucineide Alves dos Santos. O fato ocorreu, em 2014, em um motel localizado no município de Parnaíba.
O Conecta Piauí foi até o município de Buriti dos Lopes e conversou com a vítima. Lucineide relatou que os dois mantiveram um relacionamento escondido. "A gente cresceu juntos praticamente, porém com o passar dos anos a nossa amizade foi ficando cada vez mais forte, até que certo dia ele quis 'ficar' comigo. Aí a tivemos este relacionamento escondido, porém ele tinha outros relacionamentos e eu aceitava", disse.
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Com o passar do tempo o relacionamento foi ficando mais sério, até que Lucineide descobriu que estava grávida e resolveu contar para Everlando, que reagiu de forma agressiva quando soube. "Ele foi logo dizendo que não daria certo e que eu teria que abortar. Ele ficou enfurecido", relatou.
Apesar do companheiro não aceitando a gravidez, ela resolveu seguir em frente e cuidar sozinha da criança, e relatou ainda a nossa equipe, que não tinha interesse financeiro. "Eu disse pra ele que eu iria cuidar sozinha da criança, porém ele não aceitou", pontuou.

Dias depois, Lucineide recebeu a visita de Laura Rosa, cunhada de Everlando à época, que atualmente é vereadora de Buriti dos Lopes e pré-candidata a prefeita. Ela procurou a vítima dizendo que a família do acusado aceitaria a gravidez.No dia seguinte, o acusado foi à sua casa dizendo que “estava se acostumando com a ideia de ser pai”.
Lucineide recebeu um convite do acusado para ir até Parnaíba entregar uma encomenda, porém no meio do caminho ele parou em um bar para deixar um envelope e em seguida foram a um motel. "Ele me chamou para ir até Parnaíba deixar uma encomenda, tipo um CD, depois me chamou pra ir a um motel pra gente conversar", explicou Lucineide.

O que a vítima não sabia era que ele estava levando ela para fazer um aborto. "Quando começamos a ter relação sexual eu achei estranho ele mandar eu fazer posições e logo em seguida entroduziu algo na minha 'vagina', eu estranhei e perguntei o que era, daí ele disse ser um gel. Minutos depois eu comeceu a sentir muita dor e sangrar", disse a vítima.
Logo em seguida o empresário levou a vítima até a sua residência em Buriti dos Lopes, chegando lá ela foi amparada por uma vizinha que a levou até o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba.
O Ministério Público do Estado do Piauí denunciou Everlando Alves dos Santos por provocar aborto, sem o consentimento da gestante, crime que prevê pena de reclusão de três a dez anos, cumulado com o art. 61, inciso II, alínea f, do Código Penal (agravante da pena por ter o agente cometido o crime prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher.
Confira a reportagem completa: