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Médica é ameaçada e proibida de atender membros de facção em UBS de Teresina

Guarda Municipal alega ter plano de segurança em andamento

Em audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira (08/07), promovida pela 29ª Promotoria de Justiça de Teresina no auditório do Ministério Público do Piauí (MP-PI), para discutir a segurança na rede de saúde pública do município, o promotor de justiça Eny Pontes, que conduziu a sessão, denunciou casos de violência e falta de segurança nos hospitais municipais da capital.

Na ocasião, o promotor mencionou o caso de uma médica que está impossibilitada de atender em algumas unidades hospitalares porque criminosos faccionados teriam proibido a profissional de atender pacientes que sejam ligados à facção que domina a região. De acordo com Eny, a médica não se sentiu segura para registrar uma queixa do caso. 

Foto: Tiago Moura/Conecta PiauíPromotor
Promotor Eny Pontes em audiência na manhã desta segunda-feira (07/08)

"Ela não teve segurança de fazer o registro. Ela só pode atender em uma unidade básica de saúde de pacientes que não sejam ligados à facção que domina na região. Isso é muito é grave", disse.

O promotor culpou a falta de um plano de segurança e criticou a ausência de algumas entidades da pasta na sessão. "A segurança pública teria que estar aqui nessa audiência. Não só a Polícia Civil, mas a Polícia Militar (PM) e o comandante da Guarda Civil Municipal (GCM) para se manifestar e apresentar um plano de segurança para que isso não aconteça", exaltou.

Waltenir Alexandre, representante da GCM na ocasião, rebateu alegando que a Guarda possui um plano de segurança em articulação, mas que os trâmites políticos freiam a concretização da ação. 

Foto: Tiago Moura/Conecta PiauíWaltenir Alexandre, representante Guarda Civil Municipal na sessão
Waltenir Alexandre, representante Guarda Civil Municipal na sessão

"Já temos o levantamento de todas as UBS e hospitais, inclusive, escolas, tanto na zona urbana, como na zona rural. A causa é uma preocupação nossa, já estamos fazendo esse plano, já fizemo o levantamento, só estão faltando as questões burocráticas e políticas, das quais não temos responsabilidade sobre", argumenta o oficial.

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