Sem soluções, motoristas e cobradores paralisam transporte coletivo em Teresina

O transporte coletivo de Teresina amanheceu totalmente paralisado nesta segunda-feira (12/05), após motoristas e cobradores decidirem por uma nova greve. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso, nenhum ônibus sairá das garagens até que um acordo com os empresários seja firmado.

Foto: Maria Clara César/ Conecta Piauí

Ônibus em Teresina

A categoria reivindica um reajuste salarial linear de 15%, vale-alimentação no valor de R$ 900 e um auxílio-saúde de R$ 150. Segundo o sindicato, os trabalhadores vêm acumulando perdas desde a pandemia, período em que ficaram sem reajustes e perderam benefícios como plano de saúde e tíquete-alimentação nos anos de 2019 a 2021.

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Ainda conforme o Sintetro, uma proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) previa aumento salarial apenas para motoristas, condicionada à extinção da função de cobrador — proposta que foi rejeitada pela categoria.

Em resposta à paralisação, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) começou a cadastrar veículos particulares para atuar emergencialmente no atendimento à população. A medida visa reduzir os impactos da greve nos deslocamentos diários da cidade.

Na última sexta-feira (09/05), o Setut entrou com uma ação na Justiça do Trabalho pedindo o funcionamento total da frota nos horários de maior movimento e quase total nos demais horários. No entanto, a desembargadora Liana Ferraz de Carvalho, responsável pelo caso, definiu que 80% da frota deve circular nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h, de segunda a sexta), e 40% nos demais períodos, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.