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Servidores pedem negociação sobre salários em até 90 dias para não haver greve

"O prefeito não pagou as horas extras trabalhadas dos vigias, ele já havia cortado a metade"

Nesta quinta-feira (10), os servidores públicos municipais de Teresina realizaram uma assembleia geral na Câmara Municipal de Teresina para discutir cortes salariais; devolução de dinheiro a agentes de portarias que, segundo o Sindserm, trabalharam e não receberam; campanha salarial 2023, pautas de profissionais de saúde e outros assuntos de interesse da categoria.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos), não pagou as horas extras trabalhadas dos vigias e já havia cortado a metade das horas extras no início do mandato. Em entrevista ao Conecta Piauí, Sinésio explicou que se não houver solução no prazo estabelecido (90 dias) será iniciada uma greve dos servidores. 

Foto: Stefanny Sales / Conecta PiauíPresidente do SINDSERM, Sinésio Soares
Presidente do Sindserm, Sinésio Soares

Conforme explicou o presidente, a Câmara Municipal foi o local escolhido para realização da assembleia porque é mais viável de dialogar com os partidos que são bases de apoio ou de oposição ao prefeito de Teresina. Segundo Sinésio, o local seria o melhor porque o prefeito 'sumiu'. 

"Nós escolhemos esse local pra fazer a nossa assembleia geral porque a Prefeitura Municipal de Teresina - onde nós inclusive estávamos fazendo as manifestações pela devolução do dinheiro dos agentes de portaria que foi retirado dos contracheques, que trabalharam e não receberam, além do adicional noturno e também as planejadas da Guarda Municipal - porque nesse espaço parece que é mais viável da gente dialogar com os partidos que são bases de apoio ou de oposição ao prefeito porque parece que ele não está ligando muito, desapareceu, inclusive. Vamos passar de gabinete em gabinete exigindo que os vereadores atuem em defesa o serviço público que está sendo destruído na capital do estado", disse o presidente.

Foto: Stefanny Sales/Conecta PiauíAssembleia realizada pelos servidores públicos na Câmara
Assembleia realizada pelos servidores públicos na Câmara Municipal de Teresina

Segundo Sinésio, é a segunda vez que foi realizado um corte nos salários da categoria, no qual foi retirado um percentual de R$ 250 a R$ 600. 

"O prefeito não pagou as horas extras trabalhadas dos vigias, ele já havia cortado a metade das horas extras no início do mandato. Eles chamam de hora extra, mas isso nem hora extra é, é uma forma que eles conseguiram aí de remunerar um trabalho de agência de portaria que na época não estava regulamentada. Há mais de 20 anos que ele recebia e o secretário, a época Robert Rios, cortou a metade, e agora retiraram mais uma vez um percentual enorme de R$ 250 a R$ 600, de pessoas que precisam desse salário pra sobreviver. Não há sobra do salário de agência de portaria. São servidores mais humildes da categoria", explicou o presidente do sindicato.

Além desses, também foram realizados cortes das horas extras, nas quais os profissionais recebiam R$ 200. "Da guarda municipal, além de já pagar um salário miserável, de R$ 1.627 no vencimento, eles cortaram as planejadas, que são trabalhos extras que os profissionais fazem para além da sua jornada e recebem R$ 200 por uma escala estafante, como a que a gente conhece, que é o trabalho da guarda municipal. Esse serviço que foi prestado no mês de junho não foi pago também.

Foto: Stefanny Sales/Conecta PiauíAssembleia realizada pelos servidores públicos na Câmara
Assembleia realizada pelos servidores públicos na Câmara

O objetivo da categoria é que eles sentem para negociar antes de terminar o prazo de 90 dias dado à prefeitura para pagar os valores cobrados referentes a 2022 e 2023. Se não houver uma negociação, deve ser iniciada uma greve, segundo Sinésio.

"Nós não vamos aceitar esses ataques aos servidores municipais. Na educação é o cumprimento da lei federal 11.738 que o TCE determinou. Já houve o julgamento da nossa representação e tem um prazo de 90 dias pra que a prefeitura cumpra o que deve do ano passado e cumpra também deste ano. Do ano passado eles estão devendo em torno de 17% desses três meses", informou.

"Não estamos dizendo que vamos chutar a porta se eles não pagarem e tudo, mas queremos que eles sentem para negociar antes de terminar o prazo, porque se terminar o prazo, se não houver uma negociação de como eles vão pagar esse décimo, infelizmente nós vamos ter o que utilizar aquilo que a a legislação nos permite que é a greve, o movimento paradista", completou.

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