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Nova taxa de US$ 100 mil para visto dos EUA impõe barreiras a brasileiros

O decreto foi assinado pelo presidente Donald Trump e alterou regras para a concessão do visto H-1B
Redação

Um decreto assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 19 de setembro, alterou as regras para a concessão do visto H-1B, utilizado por trabalhadores estrangeiros altamente especializados. A partir de agora, a autorização terá a cobrança de uma taxa de US$ 100 mil (cerca de R$ 530 mil), valor que deverá ser custeado pelas empresas contratantes.

Foto: Reprodução InstagramDonald Trump
Donald Trump

O H-1B foi criado em 1990 para suprir a falta de mão de obra qualificada no país em áreas como tecnologia, engenharia, saúde e finanças. O visto exige, em geral, diploma de bacharel e experiência comprovada, permitindo permanência inicial de três anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. Atualmente, são disponibilizadas 85 mil vagas anuais, disputadas em um sorteio conhecido como “loteria do H-1B”.

No último ano, os EUA receberam mais de 427 mil petições para o visto, das quais 2.641 foram de brasileiros, sendo um número que coloca o Brasil na nona posição entre os países que mais enviam profissionais. Até então, o custo médio do processo girava em torno de US$ 10 mil, incluindo taxas administrativas e despesas com advogados. A nova cobrança eleva drasticamente o investimento necessário e, segundo especialistas, pode inviabilizar a entrada de novos trabalhadores no país.

Diante da mudança, muitos brasileiros já buscam alternativas em outros destinos. Os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, processam a entrada para trabalho em menos de uma semana. A China também surge como opção, com o visto K, voltado para profissionais das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

Apesar da nova taxa, trabalhadores que já possuem o H-1B não serão impactados em renovações com o mesmo empregador. A cobrança será aplicada apenas em novas solicitações, de forma única, e não de forma anual. Ainda assim, permanecem dúvidas sobre a extensão das regras e possíveis isenções em casos de interesse nacional, que devem ser detalhadas pelo governo americano nas próximas semanas.

Com a medida, especialistas acreditam que empresas americanas buscarão alternativas em outros tipos de visto para manter profissionais estrangeiros em seus quadros, diante da dificuldade de arcar com o novo valor imposto pelo decreto.

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