Trump volta a associar medicamentos e vacinas ao autismo e gera reação
A fala repercutiu de imediato na comunidade científica e médicaO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a provocar polêmica ao relacionar o uso do paracetamol durante a gravidez e o calendário vacinal infantil ao risco de desenvolvimento do autismo. Em declarações recentes, Trump afirmou que gestantes não deveriam utilizar o medicamento conhecido comercialmente como Tylenol e defendeu mudanças na aplicação de vacinas em crianças, sugerindo alterações no calendário oficial.

A fala repercutiu de imediato na comunidade científica e médica. Pesquisadores destacaram que, embora existam estudos observacionais levantando possíveis associações entre o uso de paracetamol na gestação e distúrbios do neurodesenvolvimento, as evidências disponíveis são consideradas inconsistentes e insuficientes para estabelecer uma relação de causa e efeito. Autoridades de saúde como a Organização Mundial da Saúde e a Agência Europeia de Medicamentos reforçaram que não há comprovação científica que justifique a restrição do medicamento em gestantes, quando prescrito de forma adequada.
No campo das vacinas, a posição de Trump reacende um debate já superado pela ciência. Diversos estudos em larga escala demonstraram que não há ligação entre imunização e autismo. Por isso, a proposta de revisar o calendário vacinal é vista com preocupação por especialistas em saúde pública, que alertam para os riscos de queda na cobertura e aumento de doenças já controladas.
A empresa responsável pela produção do Tylenol também reagiu, afirmando que a recomendação de evitar o medicamento sem respaldo científico pode levar gestantes a buscar alternativas menos seguras. O episódio chegou a afetar temporariamente o valor das ações da companhia, mas a situação foi normalizada após os esclarecimentos.