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Inspeção constata graves irregularidades em casa que acolhe adolescentes em THE

MP-PI instaurou inquérito para apurar condições de funcionamento da Casa de Ester em Teresina
Redação

Após uma inspeção, o Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), por meio da 45ª Promotoria de Justiça de Teresina, instaurou um inquérito civil para apurar as condições de funcionamento da Casa de Ester, local destinado exclusivamente ao acolhimento de adolescentes com problemas de drogadição. A casa fica localizada na estrada da Cacimba Velha, região do bairro Socopo.

Foto: Reprodução / Casa de EsterCasa de Ester
Casa de Ester

O inquérito foi instaurado após um relatório de visita institucional à Comunidade Terapêutica e apontou graves irregularidades no acolhimento de adolescentes. No dia cinco de julho de 2023, o MP-PI realizou inspeção na casa de acolhimento. A promotora de Justiça Naíra Junqueira informou que, durante a visita, foi constatado que a instituição não possui equipe médica própria, sendo utilizada a rede pública de saúde. Também não há um programa terapêutico efetivo, com tratamento para o uso de drogas.

“Em conversa com as adolescentes, elas relataram que sentem falta de atividades de lazer, além de acesso a itens de cuidados estéticos. Relataram, também, que em alguns dias comem carcaças e não carne”, explicou a representante do MP-PI.

Além disso, a promotora relata que as adolescentes disseram que contribuem com os afazeres domésticos e uma cuidadora do espaço teria dito que quando as assistidas não obedecem à disciplina da casa, são obrigadas a capinar o terreno. O relatório da inspeção também aponta que há atividades devocionais três vezes ao dia e que, apesar da participação não ser teoricamente obrigatória, as adolescentes que se negam a participar são castigadas, e chegam a ficar sem uma das refeições, são obrigadas a fazer tarefas domésticas pesadas ou transcrever um trecho da Bíblia.

Por isso, o MP-PI requereu informações sobre o funcionamento da casa a uma série de órgãos, incluindo a Prefeitura de Teresina. Em razão da urgência do caso, os órgãos terão o prazo máximo de dez dias para prestarem as informações.

Com informações do MP-PI

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