Setembro Amarelo: Alepi debate dados preocupantes sobre suicídio no Piauí
Dados mostram Piauí em 3º lugar no país em suicídios e necessidade de atençãoA Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) realizou, nesta segunda-feira (29/09), uma Audiência Pública sobre o Setembro Amarelo, proposta pelo deputado Francisco Limma. O debate abordou dados preocupantes sobre suicídio e saúde mental: o Piauí ocupa o 3º lugar no país em taxas de suicídio, com 11,49 mortes por 100 mil habitantes, acima da média nacional de 6,7. No Brasil, cerca de 42 pessoas morrem por suicídio por dia, e mais de 470 mil se afastaram do trabalho em 2024 por questões de saúde mental. No mundo, 720 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, segundo a OMS.

O deputado estadual Francisco Limma (PT) fala sobre a importância da audiência pública sobre suicídio. "É uma temática acerca do suicídio, sobre a importância da valorização da vida, que cada dia nos preocupa mais. O número de pessoas já se destaca entre as causas de mortes, e o Piauí está entre os três estados com o maior índice de suicídio no Brasil. O setembro é um mês que é exatamente adotado para se discutir essas questões, e a audiência pública tem esse sentido. É reunir os estudiosos, as entidades que acompanham mais de perto, exatamente para a gente aprofundar", explica.

A psicóloga Regina Reis, do Grupo Vida que Segue, fala sobre o trabalho do grupo e a participação na audiência. "O Grupo Vida Que Segue, para quem não conhece, é um grupo de pais e mães enlutados por suicídio, e hoje vem fazer parte aqui dessa audiência pública exatamente para mostrar o que é o Vida Que Segue, o trabalho que é realizado na sociedade, desse cuidado que se deve ter com o enlutado por suicídio, que é um luto considerado um dos mais difíceis, e a gente vem trazer para que as pessoas conheçam a necessidade desse olhar cuidadoso com o enlutado por suicídio", explica.

A ex-governadora do Piauí, Regina Sousa, fala sobre a realidade do suicídio no Piauí. "Esse suicídio tem todos os precedentes que a gente precisa observar na família da gente, na escola, em todo lugar tem que observar o comportamento das pessoas. Começa, geralmente, dos processos depressivos. E aí se ninguém observa, se ninguém toma conta, se ninguém procura ajuda, acaba acontecendo a fatalidade do suicídio, que é uma coisa que nos intriga, porque às vezes as pessoas não deixam nenhum sinal, mas que a gente tem que encarar com uma realidade muito cruel no nosso estado", elucida.

O deputado estadual Dr. Hélio fala sobre a relevância da audiência pública sobre suicídio: "Importante porque é um tema que tem que ser debatido, não adianta esconder ele, é uma realidade e ele causa danos irreparáveis em muitas famílias e ceifa a vida de tantos jovens. Portanto, nós temos uma rede de apoio muito importante, estão aí os CAPS, e as pessoas dentro de casa precisam ter muita atenção sobre a mudança de comportamento", destaca.
