Após morte de gado por bactéria no Piauí, Adapi recomenda queima das carcaças
A agência alertou para a importância de manter os animais vacinadosA Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) confirmou que a bactéria Clostridium foi a responsável pelo óbito súbito de 11 bovinos na área rural de Picos, no Sul do Piauí.
Com o objetivo de evitar a disseminação da infecção e adotar medidas preventivas, a Adapi e a Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), aconselharam a incineração das carcaças desses animais e de outros que possam estar afetados.
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Em entrevista ao portal Conecta Piauí, Idílio Moura, gerente de defesa animal da Adapi, explicou que a ocorrência foi atendida após a notícia das mortes dos bovinos se espalhar pelos meios de comunicação.
“A Secretaria de Assistência Técnica, por meio da Adapi, realizou um atendimento a uma notificação de uma mortalidade de bovinos na zona rural do município de Picos. O atendimento foi realizado após a notificação, por meio dos meios de comunicação, que informaram sobre essa ocorrência de mortalidade de vários bovinos nessa propriedade”, disse.
Segundo Idílio, a médica veterinária da Adapi que atua em Picos atendeu a ocorrência e identificou a toxina da bactéria clostridium nos animais mortos.
“Então, de posse da informação recebida nos meios de comunicação, a nossa médica veterinária do município de Picos se encaminhou até a propriedade para fazer a investigação dessa mortalidade, o que detectou, através do diagnóstico clínico epidemiológico, a presença da toxina da bactéria clostridium, as clostridioses como são chamadas”, explicou.
O gerente deu detalhe de como a infecção funciona e alerta para a rápida e alta letalidade nos animais. “Então, ela provoca essa doença, alta mortalidade em bovinos e outras espécies de animais. Os principais sinais clínicos são morte súbita, os animais apresentam paralisia dos membros, não se alimentam e a mortalidade é muito rápida”, relatou.
Como forma de combater e evitar a infecção, Idílio explica que a vacinação em massa do gado e a queima das carcaças de animais são os meios mais indicados.
“A orientação é vacinar, as clostridioses são toxinfecções provocadas por toxinas de bactérias do gênero clostridium, que estão presentes normalmente em água parada, suja e também em alimentos ou carcaças de animais. Essas bactérias são anaeróbicas e elas ficam principalmente em carcaças de animais expostos nos solos, nas propriedades, nas pastagens, então a recomendação da Adapi e Sada é que os criadores evitem deixar carcaças de animais mortos nas suas propriedades, então devem fazer a incineração e o enterramento dessas carcaças”, disse.
Vale ressaltar que os cuidados devem ser redobrados neste período mais quente do ano. A deficiência de chuvas e pastagens podem facilitar a contração dessa toxina.
“É também por conta, principalmente, agora nesse período crítico de deficiência de chuva, também deficiência de pastagens e de minerais e vitaminas, então a orientação é fazer uma mineralização dos rebanhos com sal mineral, sal branco ou concentrado e vacinar os animais, até porque essa doença ela é prevenível através da vacinação”, explicou o gerente.
“Se for a primeira vez que vai vacinar os animais, tem que ser repetida com 30 dias, repete-se a vacinação e depois a cada ano. Então as orientações são essas, mineralizar os rebanhos, evitar carcaça na propriedade exposta, porque essas carcaças é quando os animais, por ter deficiência de minerais principalmente de fócio, eles vão roer essas carcaças, os ossos, e ali dentro dessas carcaças podem conter as toxinas dessa bactéria e provocar a doença nos bovinos e uma alta mortalidade. Então, vacinar os animais, evitar carcaças e mineralizar os seus rebanhos para evitar a ocorrência dessa doença”, finalizou Idílio Moura.