IBGE diz que não mudou área do litígio no mapa e apenas alterou sinalização
Segundo o instituto, área do Ceará continua sendo do Ceará e a do Piauí a do próprio estadoO chefe do Setor de Comunicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eyder Mendes, esclareceu, durante entrevista ao portal Conecta Piauí, nesta quarta-feira (17/04), que o Instituto não fez nenhuma mudança no mapa envolvendo a área de litígio entre o Piauí e o Ceará. Segundo Mendes, o IBGE apenas deixou de sinalizar a área reclamada pelo Piauí.
"O IBGE não mudou nada. A área do Ceará continua sendo do Ceará e a do Piauí a do próprio estado. Apenas deixou-se de sinalizar a área reclamada que o Piauí faz", disse Mendes.
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O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado estadual Franzé Silva (PT), apresentou, nesta quarta-feira, um requerimento solicitando ao presidente nacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann, a correção de atlas que apresenta o mapa atribuindo a área de litígio territorial de cerca de 2.889 quilômetros quadrados entre Ceará e Piauí ao Estado do Ceará. Ao ser indagado sobre a cobrança, o chefe do setor de comunicação informou que o IBGE já não retrata a área de litígio desde 2010.
"O IBGE já não retrata a área de litígio desde 2010. E o IBGE só poderá alterar algo a partir de manifestação do STF definindo quais serão os novos marcos legais, finalizando uma ação judicial proposta pelo Piauí", explicou.
Com a retirada da sinalização, a ideia é apenas exibir os limites legais atuais, ou seja, mostrar como está a divisão atualmente e qual área é de qual estado.
"Na realidade, o que o IBGE decidiu fazer foi só passar a exibir o que era o limite legal atual do Piauí. Inclusive, através das nossas pesquisas, através do reconhecimento das localidades que são tradicionalmente do Piauí e do Ceará, as pessoas inclusive se reconhecem como piauienses e cearenses e qualquer outra manifestação vai depender, claro, de manifestação legal que vier a posteriore. Ou seja, inclusive, através da decisão do STF do que vai passar a ser Ceará ou Piauí", concluiu o chefe.