Professores realizam manifestação no primeiro dia de greve na UFPI
Os manifestantes vão realizar uma caminhada dentro do Campus para apresentar as demandasProfessores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizam na manhã desta segunda-feira (03/06) uma manifestação no Campus de Teresina. Hoje é o primeiro dia de greve dos docentes, aprovada ainda na semana passada.
Os manifestantes estão concentrados na entrada principal da instituição, na avenida Nossa Senhora de Fátima. Em alguns momentos, o trânsito fica parado para que os professores possam falar aos motoristas e principalmente aos usuários de ônibus que fazem rota para a universidade. Os manifestantes vão ainda sair em caminhada pela UFPI. A expectativa é que, durante a semana, a Associação dos Docentes da UFPI (ADUFPI) deve realizar novos movimentos relacionados à greve, incluindo uma nova assembleia-geral para definir os próximos passos para a próxima semana.
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Os sindicatos nacionais que representam os docentes de universidades federais reivindicam reajustes salariais que chegam a mais de 21%, 7,06% já em 2024, de 9% em janeiro de 2025, e de 5,16% para 2026, segundo contraproposta protocolada nesta segunda pelos sindicatos. Os professores rejeitaram a proposta apresentada pelo governo federal que oferecia um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, mas sem aumento (0%) em 2024, totalizando um reajuste de 12,5%.
Segundo a presidente da ADUFPI, Escolástica Santos, um dos maiores empecilhos para se chegar a uma negociação é o fato do governo federal não apresentar uma proposta de reajuste ainda para 2024. "Mas o que está pegando? É o zero em 2024, porque o governo ajustou alguns benefícios como auxílio-saúde, auxílio-alimentação, mas não contempla os aposentados. [...] Não é só o reajuste salarial, algumas pautas foram atendidas, mas o reajuste de 2024 continua um impasse. O governo insiste nos 0% e a categoria insiste que não quer 0% em 2024", detalha a presidente.
Além do reajuste, os professores também questionam uma resolução que aumentou a carga horária dos professores das escolas técnicas federais. Também está na pauta de questionamentos a inclusão do ponto eletrônico. Segundo a categoria, o aparelho atrapalha o dia a dia do professor.