Confira o histórico de disputas do PSDB em Teresina que pode chegar ao fim em 2024
Tirando a derrota em 2020, partido manteve sucessivas vitórias nas eleições
Jhone Sousa
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) foi fundado no ano de 1988, com nomes como Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Mário Covas. Apenas quatro anos depois, o partido enfrentou sua primeira eleição pela Prefeitura de Teresina, obtendo a êxito e sucessivas vitórias desde então. Mas 32 anos depois, o partido deixa de ser protagonista e se alia à sigla que foi sua maior rival por décadas: o Partido dos Trabalhadores.
De 1992 a 2016, o PSDB venceu todas as eleições que disputou, sendo derrotado apenas em 2020, quando Dr. Pessoa, que na época estava no MDB, derrotou Kléber Montezuma (PSDB). Mas em 2024, quando o partido tinha a chance de se reerguer, seu presidente estadual, o ex-deputado estadual Luciano Nunes, preferiu se alinhar com o PT e apoiar a pré-candidatura de Fábio Novo, que acumula em seu bloco cerca de 13 partidos.
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Confira a seguir o resumo das disputas pela Prefeitura de Teresina do PSDB desde 1992:
1992 - Wall Ferraz
Wall Ferraz já havia sido prefeito de Teresina em outras duas oportunidades, mas em outros partidos. Em 1975, quando o governador Dirceu Arcoverde o nomeou gestor da capital e em 1985, quando foi eleito prefeito de Teresina na primeira eleição direta para o cargo desde o Regime Militar de 1964. Nesse período, passou pela UDN, Arena e PP, que foi incorporado ao PMDB.
Wall Ferraz venceu a eleição de 1992 pelo PSDB obtendo 63,61% dos votos, ganhando de ninguém mais, ninguém menos que Alberto Silva, que ficou com 13,77%. Mas ele não cumpriu todo o mandato, pois faleceu em São Paulo vítima de acidente vascular cerebral em 22 de março de 1995 e em seu lugar assumiu o vice-prefeito Francisco Gerardo, também tucano.
1996- Firmino Filho
Firmino foi secretário de Finanças de Wall Ferraz e disputou a eleição de 1994 em dois turnos. No primeiro, enfrentou Alberto Silva, ficando com uma vantagem de 2%.
Já no segundo turno, venceu a eleição com 53,30% dos votos contra 46,70% de Alberto Silva.
2000- Firmino Filho
Na disputa do ano 2000, Firmino se aliou com Marcos Silva, filho do seu ex-concorrente, Alberto Silva, numa aliança com o PMDB.
Firmino foi reeleito no primeiro turno com 60,89% dos votos contra Wellington Dias (PT), que tinha Francisca Trindade (PT) como vice e obteve 32,43% dos votos.
2004 - Silvio Mendes
O então presidente da Fundação Municipal de Saúde na gestão de Firmino obteve a vitória no primeiro turno com 58,48% contra Adalgisa Moraes Souza, esposa de Mão Santa, que ficou com 41,52%.
2008 - Silvio Mendes
Silvio venceu novamente no primeiro turno com 70,36% dos votos contra Nazareno Fonteles (PT), pai do atual governador Rafael Fonteles, que obteve 25,91% dos votos.
2012- Firmino Filho
Silvio havia deixado a Prefeitura de Teresina em 2010 para disputar o Governo do Piauí, deixando Elmano Férrer, que era do PTB, no cargo. O 'Vein' rompeu com os tucanos e resolveu disputar a reeleição em 2012, tendo como seu principal oponente Firmino, que levou a disputa para o segundo turno e venceu com 51,54%, contra 48,46% de Elmano.
2016- Firmino Filho
Ele foi reeleito com 51,14% dos votos no primeiro turno contra Dr. Pessoa, que obteve 39,77% dos votos.
2020- A derrota do PSDB
Neste ano, os tucanos cometeram seu primeiro grande erro para o fim do partido em Teresina. Invés de indicar Silvio Mendes, que ainda surfava numa onda de popularidade, colocaram o rejeitado Kléber Montezuma, que não tinha a preferência, especialmente dos servidores.
Com uma vontade imensa de tirar o PSDB do poder, os teresinenses levaram a eleição para o segundo turno e Dr. Pessoa, que na época estava no MDB, foi eleito com 62,31% contra 37,69% de Montezuma. Mas após três anos de gestão, Dr. Pessoa obteve rejeição recorde e uma das piores administrações da capital.
Em 2024, o diretório do PSDB em Teresina ainda tenta reverter o apoio a Fábio Novo, indicando João Vicente Claudino como pré-candidato, como última chance de manter o partido vivo. Mas o empresário, como se sabe, aparece em toda eleição só para ‘caçar conversa’, sem ter nenhuma relevância na campanha. O que se sabe é que o destino da sigla na capital será decidido na eleição deste ano.
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