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Coluna com o economista e advogado Valmir Falcão, que vai abordar temas que envolvem o mercado financeiro do Piauí, do Brasil e do Mundo.

Como organizar as finanças e começar 2026 com o orçamento em dia

As palavras chaves para êxito nestas situações são: planejar e controlar
Redação

Alguns doutrinadores de economia define a economia doméstica como a forma de  administrar  as contas da casa, ou seja, a forma como a família organiza o orçamento doméstico. 

Nada como aproveitar os salários de dezembro, o 13º salario, os ganhos, os resultados, a participação em lucros e outras  rendas complementares   para colocar as contas em dia

Afinal, o   que é orçamento ?  

“É  a previsão limitadora das quantias monetárias que devem ser utilizadas como despesas e receitas, ao longo de um período determinado, por um indivíduo ou por uma sociedade.” Em outras palavras, colocar no papel as previsões ou intenções sobre as despesas (gastos) e as receitas (ganhos), podendo ser o registro para um mês, um semestre ou, para um ano. O orçamento é um instrumento essencial na organização e planejamento do futuro. É um esforço de traduzir as pretensões individuais ou da família no controle das contas domésticas.

Se você almeja uma vida financeira tranqüila  vai ter de analisar suas atitudes em relação ao dinheiro”. (VOCÊ S/A, )  É exatamente neste ponto de vista do editor da revista  que dispara o alarme quando se precisa sacrificar desejos e estipular metas menores. Então,  a solução é assumir um controle maior das despesas, visto que,  a situação atual da maioria da população não permite gastar de forma irresponsável e volúvel.

O dinheiro deve ser visto como um meio de garantir felicidade e realização pessoal e não como uma fonte de aflição, sofrimento, angústia e preocupação. Por isso,  a educação financeira tornou-se importante e desperta tanto interesse nos dias atuais, onde a inadimplência das famílias cresce de forma considerável nos dias de hoje.

O controle das contas domésticas está se popularizando cada vez mais, sendo que alguns indivíduos já o fazem com freqüência, outros o fazem apenas quando esboçam um projeto para o futuro enquanto outros vão simplesmente tentando fechar o mês da melhor forma possível.

As palavras chaves para êxito nestas situações são: planejar e controlar. Sabendo usar não vai faltar, mas para isso é necessário fazer uma análise minuciosa das rendas da família e de seus gastos, considerando todas as possibilidades, ou seja, as despesas fixas, as variáveis e as eventuais..

É importante que toda a família esteja envolvida neste propósito, sendo fundamental que a conversa sobre as finanças doméstica aconteça de forma aberta e direta, pois independente de quem seja responsável pela geração de renda no âmbito familiar, todos contribuem para gastá-la. A educação, nesse sentido, deve começar bem cedo (ainda na infância), gerando hábitos saudáveis que serão observados ao longo da vida.

O processo de equilíbrio orçamentário pede que haja, entre outras coisas, um controle sobre os impulsos consumistas e uma administração permanente das contas da família, quer seja considerando o movimento normal de despesas, como também considerando os gastos eventuais, que acabam pesando no orçamento, mas que em função de serem esporádicos e ou urgentes deixam de ser registrados.

Quando o gasto ultrapassa a renda as pessoas começam a se endividar, geralmente utilizando o limite do  cartão de crédito (que só deve ser usando dentro do prazo sem financiamento) e outras formas de endividamento. Outras armadilhas comuns são os crediários, sendo que neste as pessoas se preocupam apenas com o valor da prestação, esquecendo de observar os juros incidentes. Embora no crediário se antecipe um benefício, (o acesso ao bem ou serviço), o custo nem sempre é benéfico para o orçamento familiar, que fica comprometido meses seguidos.

A educação financeira começa a surtir efeitos quando se abandonam velhos hábitos de consumo e se incorporam novos procedimentos que levam a saúde financeira, beneficiando não só ao provedor da família, mas também a todos que passarão a usufruir opções conscientes que traduzam interesse comum.

O melhor seria guardar dinheiro para comprar à vista, não comprar por impulso, listar as necessidades e prioridades, fazer pesquisa de preços antes de adquirir qualquer bem ou serviço.

Propor-se a reduzir e cortar despesas de imediato é tarefa árdua e exige muita disciplina e força de vontade, por isso é importante mobilizar toda a família e conscientizá-la que esta pode ser a melhor opção para um futuro mais tranqüilo, portanto,  esta não pode ser uma decisão isolada e arbitrária. É importante que todos tenham consciência do peso que têm dentro das finanças da família.

Por fim, planeje seus gastos para entrar em 2026 com uma vida financeira equilibrada objetivando, portanto, uma  melhor qualidade de vida.

Valmir Martins Falcão Sobrinho   

Economista e Advogado