Em Pauta

Piauí registra melhor trimestre de abate bovino em mais de uma década

Isso mostra que o rebanho piauiense começa a colher os frutos de anos de investimento em vigilância

O campo piauiense vive um momento de virada histórica. Conforme dados recém-divulgados pelo IBGE, o segundo trimestre de 2025 foi o melhor da pecuária bovina do estado em mais de dez anos. Entre abril e junho, os pecuaristas piauienses abateram 38.160 animais, um salto de 34,3% em relação ao mesmo período do ano passado — o que representa quase 10 mil bovinos a mais.

O número não apenas traduz um aquecimento do setor, mas marca o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2013, quando foram registrados 46.952 abates. O avanço ocorre logo após o Piauí conquistar, em abril deste ano, o selo internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação, um marco aguardado há décadas pelos produtores e técnicos da área.

Para muitos, o selo não foi apenas um certificado sanitário, mas uma chancela de confiança que abriu novas possibilidades de mercado e ampliou o ânimo no campo. Em fazendas espalhadas pelo semiárido, o clima é de otimismo contido — aquele que o homem do sertão aprende a cultivar entre uma estiagem e outra.

Os números mostram que o rebanho piauiense começa a colher os frutos de anos de investimento em vigilância, controle e manejo. “Esse crescimento reflete o esforço conjunto de produtores, técnicos e instituições públicas que trabalharam para fortalecer a sanidade animal e a credibilidade da carne piauiense”, avalia Fábio Abreu, secretário estadual de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária.

Mais do que uma estatística, o avanço simboliza a maturidade de uma cadeia produtiva que aprendeu a equilibrar tradição e modernidade. Nos currais e nas pastagens do interior, cada animal abatido carrega a história de um estado que, silenciosamente, vai se firmando no mapa da pecuária nacional.

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