Piauí surpreende e lidera geração de empregos no Nordeste
Já no panorama nacional, o Brasil gerou 71.576 vagas com carteira assinada em marçoEnquanto maior parte do Nordeste enfrentou demissões em março, o Piauí foi na contramão e mostrou força na geração de empregos com carteira assinada. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o estado criou 1.730 novos postos formais — o segundo melhor resultado entre os estados do Norte e Nordeste. Só a Bahia ficou à frente, com quase 3 mil novas vagas.
O bom desempenho reflete o ritmo acelerado da economia piauiense em 2025. No acumulado do ano, já são cerca de 4 mil empregos gerados. E esse crescimento chama ainda mais atenção quando comparado com o cenário regional: seis dos nove estados nordestinos fecharam março com saldo negativo — ou seja, mais demissões do que contratações. O saldo da região foi preocupante: 13,2 mil vagas a menos.
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No Piauí, os setores que mais contrataram foram a construção civil (549 vagas), os serviços (459) e o comércio (372). A reação positiva acontece em meio a um cenário nacional mais cauteloso. A taxa de desemprego no Brasil subiu para 7% no trimestre encerrado em março — ainda assim, é a menor para esse período desde o início da série histórica, em 2012.

Já no panorama nacional, o Brasil gerou 71.576 vagas com carteira assinada em março. O número ficou abaixo do esperado, e o governo atribui o desempenho ao calendário do Carnaval. Foi o segundo pior março desde 2020, ano que marcou o início da pandemia e o fechamento de quase 295 mil vagas. Para efeito de comparação, março de 2024 teve um saldo positivo de mais de 245 mil empregos.
Mesmo com a desaceleração momentânea, o primeiro trimestre de 2025 fechou com 654.503 novos postos de trabalho no país. O número é inferior ao mesmo período de 2024 (725.973), mas ainda supera os resultados de 2023 (537.461) e 2022 (620.070). Nos últimos 12 meses, o saldo acumulado é expressivo: mais de 1,6 milhão de vagas criadas.
Entre os cinco grandes setores econômicos, três puxaram o crescimento em março. O destaque ficou com o setor de serviços, que criou 52.459 vagas. Em seguida, veio a construção civil, com 21.946. A indústria e a agropecuária também tiveram saldos positivos. O comércio, no entanto, ficou no vermelho, com perda de 10.310 postos.